Sunday, December 21, 2008

AtE qUe A lOuCuRa Me DeSiNtEgRe Ou ReInTeGrE o QuE fAlTa Em MiM

Passei os últimos dias acompanhado por Nietzsche, um tanto frustrante e ate vergonhoso. Mas por anos ouvi citações de Frederik Nietzsche e não tive a disposição necessária e suficiente para sentar-me e ler um pouco a respeito. Fato é que na ultima semana, lendo um pouco aqui e um pouco ali, me vi frente a mais uma referência a ele. Parei tudo para ler. Desgastante, frustrante... Por muito me surpreendi no ônibus, metrô, a caminho da academia, de volta pra casa... Lendo-me.

Tudo no que sempre acreditei; parte significativa do que faz de mim quem sou e do que faz da minha vida e das minhas escolhas o que são e como são estavam ali naqueles pedaços de papel impressos e já amassados de tanto serem folheados e sublinhados.

Fiquei pensando que ele podia ter feito mais pela humanidade, se alguém como ele tivesse exposto ainda mais suas idéias e os valores nos quais acreditava pessoas como eu sofreriam menos nos dias de hoje. Mas não aconteceu, e a vida tem suas próprias razoes e meios. Perdi o bendito ensaio que estava lendo no ônibus, coincidência ou providência ainda não sei, mas aconteceu no mesmo dia em que me disseram para não ler mais Nietzsche.

Ao menos o pouco que durou a companhia foi suficiente pra fazer me sentir melhor por não ser o único mutante desse planeta, ainda ha esperança. Alguma coisa em algum momento deu errado na evolução, mas ainda estamos evoluindo. Quem sabe em um desses saltos que a evolução da a cada bilhão de anos um desses milagres biológicos ocorra e a humanidade passe a compreender que não existe verdade ou mentira, que é tudo relativo e que dependem do universo de cada um.

Quero acreditar que um dia nossos universos individuais não serão mais corrompidos e mutilados em favor do coletivo fazendo de nos inanimados seres que vivem segundo regras pré-estabelecidas não se sabe por quem, quando ou onde.  Quando as palavras terão sentido real e o respeito comum não ferirá a individualidade.

Não sou socialmente desajustado, simplesmente não cultivei os mesmos laços com essa sociedade que as demais pessoas cultivaram. Atenho-me ao extremamente necessário porque essencialmente quero sim continuar sendo eu, Alex. E para isso preciso desse mundo onde criaram esse universo coletivo, coletividade madrasta. Pois é onde estão as pessoas e sou sim um ser coletivo, coletivo na minha individualidade relativa antedo-me as minhas verdades.

Não posso ser considerado 100% insano porque ainda compreendo os limites entre a realidade coletiva e a minha realidade. Você também é assim, a diferença é que a sua realidade é igual a coletiva e a minha não e, por enquanto, eu ainda consigo viver em ambas.

Atualmente acompanhado por 
Stephen King - Rose Madder,
and doing well,
Alex Skyline.

Momento Post Scriptum:

"Às vezes, quando agente ganha agente perde. 
Às vezes, quando agente perde agente ganha.
Vai enteder a vida...”   

A.P.A.R. em Memórias de um Amigo Meu
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